Exportar registro bibliográfico

Comportamentos de risco nutricional de mães e sua relação com o desenvolvimento do transtorno alimentar de suas filhas (2021)

  • Authors:
  • Autor USP: FERREIRA, ISABELLA MARTA SCANAVEZ - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: COMPORTAMENTO ALIMENTAR; IMAGEM CORPORAL; NUTRIÇÃO; MÃES; RELAÇÕES FAMILIARES
  • Keywords: Body image; Comportamento alimentar; Eating behavior; Eating disorders; Imagem corporal; Mother-daughter relationship; Relação mãe-filha; Transtornos alimentares
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Os transtornos alimentares (TA) são caracterizados por graves alterações no comportamento alimentar que podem comprometer a saúde física e o funcionamento psicossocial de forma significativa. Sua etiologia é multifatorial sendo que a dinâmica familiar tem sido cada vez mais investigada, principalmente a relação mãe-filha, vista como fusional e simbiótica. Fatores como preocupação com a forma corporal, práticas alimentares inadequadas e monitoramento dos hábitos alimentares e o peso das filhas podem exercer influência no desenvolvimento desses quadros. Objetivo: Identificar comportamentos de risco nutricional de mães cujas filhas apresentam TA comparando-as com mães que possuem filhas sem esse quadro buscando compreender a rotina alimentar das famílias, as práticas alimentares das mães e a satisfação com a imagem corporal. Método: Trata-se de um estudo com caráter descritivo, transversal e comparativo, com abordagem quanti-qualitativa. As participantes foram 13 mães de pacientes com TA em tratamento em um serviço especializado do interior do estado de São Paulo (grupo experimental - GE) e 10 mães de filhas sem esse quadro (grupo controle-GC). Foram coletados dados sociodemográficos e antropométricos (peso e altura para cálculo do índice de massa corporal (IMC); circunferência da cintura (CC), e aplicados o Teste de Atitudes Alimentares, a Escala de Silhuetas e um questionário sobre a rotina alimentar da família e práticas alimentares da mãe, com perguntas abertas e fechadas. Os dados quantitativos foram analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para análise descritiva e comparativa. Os dados qualitativos foram submetidos à análise temática. Resultados: Mães do GE apresentaram eutrofia (IMC: 23,74Kg/m2) e risco cardiovascular elevado (CC: 85cm) enquanto que as do GC, sobrepeso (IMC: 26,82Kg/m2) e risco muitoelevado (CC: 90cm). Essas mães (GC) têm maior inacurácia e insatisfação corporal quando comparadas às do GE. Todas as participantes são responsáveis pela rotina alimentar da família, desde a compra dos alimentos até o preparo das refeições. O padrão alimentar das famílias em relação ao número, duração e local das refeições diárias foi similar entre os grupos, assim como o partilhar desses momentos com outros membros, com oferta de comidas e bebidas de boa qualidade nutricional. As mães consideram que eles possuem refeições equilibradas e adequadas e a dinâmica familiar se mostrou quase sempre harmoniosa à mesa. Famílias do GE costumam sair pouco para comer fora de casa e a leitura dos rótulos dos alimentos foi relatada pelas mães do GC e filhas com TA do GE. Todas as mães estão atentas à alimentação das filhas, evitam preparar e consumir alimentos mais calóricos e se preocupam quando isso acontece, principalmente as do GC. Nas famílias, há membros que monitoram o peso corporal e o comportamento de comer exageradamente foi observado mais naqueles do GE. As mães não apresentaram atitudes alimentares características dos TA, mas costumam beliscar entre as refeições, fazer restrição alimentar pontual para controle de peso sendo que este variou nos últimos 12 meses entre ganho e perda, com insatisfação e satisfação corporal, respectivamente. Conclusão: Os comportamentos de risco nutricional foram observados em ambos os grupos não confirmando a hipótese do estudo. Mães têm um papel importante na organização alimentar da família e podem exercer influência sobre o desenvolvimento do TA das filhas por meio de comportamentos e práticas de restrição alimentar, controle de peso e preocupação com a própria imagem corporal e de suas filhas. Ações de prevenção seletiva, dirigida às famílias e principalmente às mães, são recomendadas paramelhor relação com o alimento e corpo e consequentemente, diminuição dos riscos desses graves transtornos e detecção precoce dos seus sinais e sintomas
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 18.03.2021
  • Acesso à fonte
    How to cite
    A citação é gerada automaticamente e pode não estar totalmente de acordo com as normas

    • ABNT

      FERREIRA, Isabella Marta Scanavez. Comportamentos de risco nutricional de mães e sua relação com o desenvolvimento do transtorno alimentar de suas filhas. 2021. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11062021-075740/. Acesso em: 23 maio 2024.
    • APA

      Ferreira, I. M. S. (2021). Comportamentos de risco nutricional de mães e sua relação com o desenvolvimento do transtorno alimentar de suas filhas (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11062021-075740/
    • NLM

      Ferreira IMS. Comportamentos de risco nutricional de mães e sua relação com o desenvolvimento do transtorno alimentar de suas filhas [Internet]. 2021 ;[citado 2024 maio 23 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11062021-075740/
    • Vancouver

      Ferreira IMS. Comportamentos de risco nutricional de mães e sua relação com o desenvolvimento do transtorno alimentar de suas filhas [Internet]. 2021 ;[citado 2024 maio 23 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11062021-075740/


Digital Library of Intellectual Production of Universidade de São Paulo     2012 - 2024