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Controlabilidade e coping em lombalgia crônica: um estudo com ressonância magnética funcional (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: JORGE, LILIANA LOURENÇO - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MDR
  • Subjects: IMAGEM POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA; DOR LOMBAR; PROCESSOS PSICOLÓGICOS; PERCEPÇÃO DE DOR; DOR CRÔNICA; ESQUIVA; AFEIÇÃO; ANSIEDADE
  • Keywords: Afeto; Affect; Antecipação psicológica; Anticipation psychological; Aprendizagem da esquiva; Avoidance learning; Catastrofização; Catastrophization; Chronic pain; Dor lombar; Functional neuroimaging; Low back pain; Neuroimagem funcional; Pain perception; Percepção da Dor
  • Language: Português
  • Abstract: A dor é uma experiência subjetiva complexa, que depende da interação entre nocicepção, fatores cognitivos, afetivos e emocionais. Pacientes com estratégias cognitivas de enfrentamento (coping) mal adaptadas apresentam cronificação da dor e mau prognóstico. A catastrofização é uma dentre essas estratégias mal adaptadas. Objetivos: 1) descrever o padrão de atividade cerebral nos grupos lombalgia mecânica crônica (LMC) e voluntários saudáveis (VS) frente a dor aguda; 2) verificar se as escalas de catastrofização modificam o efeito BOLD em áreas relacionadas a atenção e afeto mediante imprevisibilidade à dor; 3) no grupo LMC, avaliar se há correlação entre as escalas de catastrofização e efeito BOLD em áreas-alvo durante tarefa de atenção. Métodos: Participaram 43 LMC (50±7 anos; 18 homens) e 27 VS (45±6 anos; 9 homens) destros, pareados por sexo e escolaridade. Os limiares de dor pressórica foram mensurados apriori para cada indivíduo, para elicitar dor moderada. Os estudos de ressonância magnética funcional (RMf) foram realizados em sistema de 3T, bobina de 32 canais, aquisição BOLD, voxels de 3,3mm isotrópicos. Realizados três experimentos de RMf: a) Dor Fixa: desenho relacionado a eventos; b)Teste Stroop com palavras/cor: desenho em blocos; c) Dor Variável com estímulo pressórico variável: desenho relacionado a eventos. Questionários: Escala de Depressão Beck e Inventário de Ansiedade IDATE (e Coping Strategies Scale Questionnaire/CSQr-C e Fear Avoidance Behavior Questionnaire/FABQ para grupo de LMC).As imagens de RMf foram analisadas pelo programa FSL e preprocessadas para correção de movimento, filtro temporal e espacial e transformação para o espaço MNI. Foi aplicado modelo de regressão linear para construção de mapas estatísticos limiarizados (p < 0,05) representando a resposta cerebral por grupo e comparação entre grupos com teste ANOVA, corrigidos para comparações múltiplas. Foi feita análise de região de interesse, usando máscaras extraídas de plataformas públicas, para os 3 experimentos.Foi feita análise fatorial (2 fatores, 2 níveis) para verificar interação entre dor e imprevisibilidade. Resultados: Indivíduos LMC eram mais velhos, tiveram maior pontuação na Escala de Beck e IDATE (p=0,003 e p=0,01) e apresentaram menor tolerância a estímulo pressórico (p=0,017). Não houve diferenças na resposta cerebral em Dor Fixa, Stroop e Dor Variável entre os grupos; não houve mudança dos padrões de ativação no grupo LMC à covariação com escalas FABQ e CSQ-C. Na análise de regiões de interesse no grupo LMC com mau coping, houve menor resposta cerebral em córtex frontal superior médio (tarefa Dor Variável), e no córtex parietal superior E (tarefa Stroop). Na análise fatorial, houve interação entre imprevisibilidade e dor. Discussão: O grupo LMC apresentou menor tolerância a estímulo pressórico, sugerindo sensibilização central. A dor experimental pode não ser capaz de elicitar o processamento central próprio da experiência de dor crônica, explicando a ausência de diferença de resposta entre os mapas cerebrais.A correlação negativa entre escalas de coping e efeito BOLD na tarefa Stroop sugere que o sistema de processamento atencional é influenciado pela presença de maiores valores de mau coping. A correlação negativa entre escalas de coping e efeito BOLD frente a dor imprevisível sugere possível influência entre perfil mal adaptado e processamento de dor. Conclusões: Não houve diferença entre os grupos na resposta cerebral das áreas relacionadas ao sistema da dor. A correlação negativa entre escalas de catastrofização e córtex frontal superior no grupo LBP, diante da dor imprevisível, sugere influência do mau coping sobre o desencadeamento de analgesia nestes pacientes, porque a área pertence à rede de modulação da dor. Perfis de mau coping influenciam o padrão de resposta cerebral em áreas associadas ao sistema atencional, estudado com Stroop
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  • Data da defesa: 29.11.2019
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    • ABNT

      JORGE, Liliana Lourenço. Controlabilidade e coping em lombalgia crônica: um estudo com ressonância magnética funcional. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-12022020-113043/. Acesso em: 03 jun. 2024.
    • APA

      Jorge, L. L. (2019). Controlabilidade e coping em lombalgia crônica: um estudo com ressonância magnética funcional (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-12022020-113043/
    • NLM

      Jorge LL. Controlabilidade e coping em lombalgia crônica: um estudo com ressonância magnética funcional [Internet]. 2019 ;[citado 2024 jun. 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-12022020-113043/
    • Vancouver

      Jorge LL. Controlabilidade e coping em lombalgia crônica: um estudo com ressonância magnética funcional [Internet]. 2019 ;[citado 2024 jun. 03 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-12022020-113043/


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