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Imagem PET de processos relacionados à esclerose múltipla: estudo pré-clínico (2019)

  • Authors:
  • Autor USP: CARVALHO, ROBERT HONORATO FRAGA - FM
  • Unidade: FM
  • Sigla do Departamento: MDR
  • Subjects: ESCLEROSE MÚLTIPLA; TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR EMISSÃO DE PÓSITRON; DOENÇAS AUTOIMUNES; ENCEFALOMIELITE ANIMAL; FOSFOLIPÍDEOS; COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS; RADIOTRAÇADORES
  • Keywords: Encefalomielite experimental autoimune; Encephalomyelitis autoimmune experimental; Lisofosfatidilcolinas; Lysophosphatidylcholines; Multiple sclerosis; PK11195; Positron emission tomography; [11C]PIB
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução: Esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante e inflamatória do sistema nervoso central. Seu diagnóstico é clínico, auxiliado pela imagem de ressonância magnética, mas essa imagem não diferencia processos de inflamação e desmielinização. A tomografia por emissão de pósitrons (PET), usando radiofármacos específicos, pode ser uma ferramenta para diferenciar esses processos. O radiofármaco [11C]PK11195 se liga na proteína translocadora 18 kDa (TSPO) presente nas mitocôndrias das células gliais. O radiofármaco [11C]PIB é utilizado para detecção de placa Beta-amiloide, mas tem sido utilizado também na análise do conteúdo de mielina. Esta nova aplicação foi fundamentada na captação deste radiofármaco em substância branca. A utilização em conjunto destes dois radiofármacos pode diferenciar processos de neuroinflamação, desmielinização e remielização através da imagem PET. Objetivo: O objetivo deste trabalho é validar o uso dos radiofármacos [11C]PK11195 e [11C]PIB para estudo pré-clínico para a quantificação de neuroinflamação e quantidade de mielina, respectivamente, na progressão da doença de modelos animais de esclerose múltipla, modelo de roedores, e em seguida realizar análise de lesões em substância cinzenta e substância branca em modelo de primatas não humanos. Material e Métodos Projeto aprovado pelo comitê de ética (UNIFESP 2628300415 e FMUSP 25/15 e 0556/15). O modelo de lisolecitina em ratos (Wistar, machos) foi induzido pela injeção estereotáxica de lisolecitina 1% em dois locais do estriado direito (2 + 2 microL) e nocorpo caloso (3 microL). As imagens de PET com [11C]PK11195 e [11C]PIB foram adquiridas nos tempos basal, 3 dias, 1 semana e 4 semanas após a administração estereotáxica. O modelo de encefalomielite autoimune experimental (EAE) em saguis foi induzido por injeção de glicoproteína da mielina do oligodendrócito (MOG) emulsionada em Adjuvante Incompleto de Freund (IFA) ou em Adjuvante Completo de Freund (CFA). As imagens de PET foram adquiridas antes da imunização (basal) e ± 100 dias após a imunização (final). O tecido cerebral foi utilizado para análise imuno-histológica. Resultados: No modelo de lisolecitina em rato foi observado um aumento na captação de [11C]PK11145 no corpo caloso, 25 % (P = 0,002) e no estriado, 24 % (P < 0,05) uma semana após a imunização comparando com a imagem basal. Com o [11C]PIB não foram observadas diferenças significativas. No modelo de EAE em saguis, induzido com MOG/IFA, foi possível observar uma redução significativa da captação de [11C]PIB nas regiões do esplênio do corpo caloso direito de 38,17 % (P = 0,0365), globo pálido direito, 22,75 %, (P = 0,0355), núcleo caudado direito, 29,36 % (P = 0,0284) e córtex cingulado, 18,99 % (P = 0,0453), enquanto para o grupo MOG/CFA foi observada uma redução significativa para a região do córtex motor esquerdo, 9,51 % (P = 0,0083). Com o [11C]PK11195 foi observada uma redução significativa na captação do radiofármacos na imagem intermediária dogrupo MOG/IFA comparada com a captação basal nas regiões do córtex somatossensorial direito, 22,8 % (P = 0,0041), córtex de associação direito, 18,98 % (P = 0,0228), córtex subpial direito, 23,37 % (P = 0,0006) e região do núcleo caudado inferior esquerdo, 18,97 % (P = 0,0233). Nos ensaios post mortem realizados com os ratos foi possível observar na imuno-histoquímica uma correlação, entre micróglia ativada (Iba-1) e [11C]PK11195, tanto no corpo caloso como no estriado. Para os saguis foi observado correlação entre [11C]PK11195 e Iba-1 e esta não foi observada para o [11C]PK11195 e GFAP. Na histologia, foi observada uma correlação entre os dados da imagem de [11C]PIB e a técnica de luxol fast blue. Conclusão: A imagem PET com [11C]PK11195 e [11C]PIB foi eficiente para as quantificações de neuroinflamação e mielina, respectivamente, na progressão da doença dos modelos animais (roedor e primata não humano) da EM
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 05.02.2019
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    • ABNT

      CARVALHO, Robert Honorato Fraga. Imagem PET de processos relacionados à esclerose múltipla: estudo pré-clínico. 2019. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-17042019-082221/. Acesso em: 23 maio 2024.
    • APA

      Carvalho, R. H. F. (2019). Imagem PET de processos relacionados à esclerose múltipla: estudo pré-clínico (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-17042019-082221/
    • NLM

      Carvalho RHF. Imagem PET de processos relacionados à esclerose múltipla: estudo pré-clínico [Internet]. 2019 ;[citado 2024 maio 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-17042019-082221/
    • Vancouver

      Carvalho RHF. Imagem PET de processos relacionados à esclerose múltipla: estudo pré-clínico [Internet]. 2019 ;[citado 2024 maio 23 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-17042019-082221/


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