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Fortificação da alimentação complementar com múltiplos micronutrientes em pó na prevenção da anemia e no estado nutricional de vitamina A em crianças da Atenção Básica à Saúde (2017)

  • Authors:
  • Autor USP: SILVA, LARA LÍVIA SANTOS DA - FSP
  • Unidade: FSP
  • Sigla do Departamento: HNT
  • DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-04012018-142026
  • Subjects: ALIMENTAÇÃO; SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR; ANEMIA; ALIMENTOS FORTIFICADOS; VITAMINA A; MICRONUTRIENTES; VITAMINA B12; ÁCIDO FÓLICO; ESTADO NUTRICIONAL; SAÚDE DA CRIANÇA; ESTUDOS DE INTERVENÇÃO
  • Keywords: Alimentação Complementar; Fortificação Caseira; Múltiplos Micronutrientes em Pó
  • Language: Português
  • Abstract: Introdução - A anemia e a deficiência de vitamina A (DVA) estão entre os principais problemas de saúde pública no mundo. No Brasil, 20,9 por cento das crianças menores de cinco anos apresentam anemia e 17,4 por cento DVA. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde recomendou o uso de múltiplos micronutrientes em pó (MNP) para assegurar o aporte adequado de vitaminas e minerais da alimentação complementar. Embora essa estratégia seja considerada eficaz na prevenção da anemia ferropriva, é ainda controverso seu impacto no estado nutricional de vitamina A. Objetivo - Os objetivos desta tese foram: avaliar o impacto da fortificação da alimentação complementar com MNP no estado nutricional de vitamina A (artigo 1), investigar fatores associados à anemia (artigo 2) e descrever o estado nutricional de folato e vitamina B12 e o efeito dessas vitaminas no risco para anemia (artigo 3) em crianças atendidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Métodos - Trata-se de um estudo de intervenção multicêntrico, do tipo ensaio pragmático, realizado em 24 UBS de quatro cidades brasileiras (Goiânia, Olinda, Porto Alegre e Rio Branco) - Estudo Nacional de Fortificação caseira da Alimentação Complementar (ENFAC). A coleta de dados ocorreu entre junho de 2012 e junho de 2013. No início do estudo, o grupo controle (GC) foi constituído por crianças de 10 a 14 meses de idade (n=521) atendidas na rotina vigente de puericultura e, paralelamente, o grupo intervenção (GI) foi constituído por crianças entre seis e oito meses de idade (n=462) que passaram a receber a intervenção com MNP uma vez ao dia por um período de dois a três meses. No artigo 1, modelos de regressão de Poisson multinível foram utilizados para analisar o impacto da fortificação no estado nutricional de vitamina A, comparando-se as crianças do GI, após quatro a seis meses de acompanhamento,com as crianças do GC. Nos artigos 2 e 3, modelos de regressão de Poisson multinível foram utilizados para investigar fatores associados ao risco para anemia (concentração de hemoglobina sanguínea <110 g/L) e o efeito combinado do estado nutricional de vitamina B12 e folato em relação ao risco de anemia. Resultados - No artigo 1, a prevalência da DVA (retinol sérico <0,7 ?mol/L) nas crianças do GC foi de 16,2 por cento enquanto no GI foi de 7,5 por cento , representando uma redução de 55 por cento na prevalência de DVA no GI quando comparado ao GC. Esta redução foi também significativa na vigência ou ausência do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A. A média ajustada das concentrações de vitamina A melhorou no GI, quando comparado ao GC, com um desvio à direita na distribuição da vitamina A. No artigo 2 foi observado que 23,1 por cento das crianças do GC apresentavam anemia, sendo a presença de mais de uma criança <5 anos na casa, introdução de frutas e legumes após oito meses de idade, desnutrição, hospitalização prévia e menores concentrações de folato associados ao maior risco para anemia. No artigo 3, observou-se elevada concentração mediana de folato sérico (39,7 nmol/L) e 15 por cento de deficiência de vitamina B12 (< 148 pmol/L). O efeito combinado de altas concentrações de folato com valores de vitamina B12 >= 148 pmol/L reduziu o risco para anemia enquanto que a condição de altas concentrações de folato com baixas concentrações de vitamina B12 não foi associada a maior risco para anemia nessa população.Conclusões - A fortificação da alimentação complementar com MNP reduziu a prevalência de DVA e melhorou o estado nutricional desta vitamina nas crianças participantes do ENFAC. Estratégias para apoio, promoção e proteção do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável são essenciais para a prevenção da anemia e garantia de um estado nutricional adequado de micronutrientes na infância.
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 17.11.2017
  • Acesso à fonteDOI
    Informações sobre o DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-04012018-142026 (Fonte: oaDOI API)
    • Este periódico é de acesso aberto
    • Este artigo é de acesso aberto
    • URL de acesso aberto
    • Cor do Acesso Aberto: gold
    • Licença: cc-by-nc-sa

    How to cite
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    • ABNT

      SILVA, Lara Lívia Santos da. Fortificação da alimentação complementar com múltiplos micronutrientes em pó na prevenção da anemia e no estado nutricional de vitamina A em crianças da Atenção Básica à Saúde. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-142026. Acesso em: 01 jun. 2024.
    • APA

      Silva, L. L. S. da. (2017). Fortificação da alimentação complementar com múltiplos micronutrientes em pó na prevenção da anemia e no estado nutricional de vitamina A em crianças da Atenção Básica à Saúde (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-142026
    • NLM

      Silva LLS da. Fortificação da alimentação complementar com múltiplos micronutrientes em pó na prevenção da anemia e no estado nutricional de vitamina A em crianças da Atenção Básica à Saúde [Internet]. 2017 ;[citado 2024 jun. 01 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-142026
    • Vancouver

      Silva LLS da. Fortificação da alimentação complementar com múltiplos micronutrientes em pó na prevenção da anemia e no estado nutricional de vitamina A em crianças da Atenção Básica à Saúde [Internet]. 2017 ;[citado 2024 jun. 01 ] Available from: https://doi.org/10.11606/T.6.2018.tde-04012018-142026


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